23 de maio de 2011

Black 'n White

Lá fora a chuva cai


Vejo o teu sorriso nos olhos de mar
São lágrimas que me fazem derreter
Remexem a areia que conforma o meu ser
Revolvem a imagem no meu olhar
O meu cérebro sublima as sensações
Tudo são perfumes que revelam as estações
É Primavera e eu não sabia
Lá fora a chuva cai…

Vejo o teu sorriso nas curvas de cetim
São mantos pérola que me encurralam
Envolvem-me em murmúrios que falam
Mais baixo a todos que a mim
De todas as sensações a favorita
O desejo é alvo de guarida
É Primavera e eu não sabia
Lá fora a chuva cai…

Trejeito


Ainda no outro dia admirei um trejeito
Lágrima alegre que corria pelo teu rosto
Rosa incandescente num leito
A que os homens chamam de pele
E num sorriso, sol de Agosto
O brilho de um favo de mel
A expressão facial que de tanto me recorda
Onda hertziana, comunicação fatal
Foi bomba relógio sem corda
Uma detonação que correu mal
Sugo de um cigarro o sangue do teu coração
Cravo ao luar, espeto na mão
Contra a madeira esmago a solidão

Absurdo


São rochas polidas aquelas
Que com a rebentação
Espirram água em toda a direcção
São tristes como velas
Que se consomem para iluminar
E como as folhas que para fertilizar
Caem redondas no chão
Carecem de conceito
Hara kiris metódicos
Sucedâneas sensações
Instantâneas percursões
De cariz melódico
E com um certo despeito
Tudo flutua no absurdo

Esquissos Antigos






22 de maio de 2011

Mediterraneo


Directed by: Gabriele Salvatores

Produced by: Silvio Berlusconi
(lol - não fazia  a mínima ideia)
Mario Cecchi Gori
Vittorio Cecchi Gori
Gianni Minervini

Written by:  Enzo Monteleone

Starring:  Diego Abatantuono
Claudio Bigagli
Giuseppe Cederna
Claudio Bisio
 
Music by:  Giancarlo Bigazzi
Marco Falagiani

Cinematography by: Italo Petriccione

Edited by: Nino Baragli

Distributed by. Miramax Films

1991 

18 de maio de 2011

A barca dos amantes

Ah, quanto eu queria navegar
p´ra sempre a barca dos amantes
onde o que eu sei deixei de ser
onde ao que eu vou não ia dantes
Ah, quanto eu queria conseguir
trazer a barca à madrugada
e desfraldar o pano branco
na que for terra, mais amada
E que em toda a parte
o teu corpo
seja o meu porta-estandarte
plantado no seu mais fundo
posso agitar-me no vento
e mostrar a cor ao mundo
Ah, quanto eu queria navegar
p´ra sempre a barca dos amantes
onde o que eu vi me fez vogar
de rumos meus a cais errantes
Ah, quanto eu queria me espraiar
fazer a trança à calmaria
avistar terra, e não saber
se ainda o é, quando for dia
E que em toda a parte
o teu corpo
seja o meu porta-estandarte
plantado no seu mais fundo
posso agitar-me no vento
e mostrar a cor ao mundo


Sérgio Godinho

Exercícios de Antanho

17 de maio de 2011

16 de maio de 2011

A continuación...

Neste Mediterrâneo que não o é, mas que nós gastaríamos que fosse, ainda que a luz seja parecida com aquela que o arquitecto bisgarolho tanto gostou; parecido com a California, mas onde o vinho, modéstia à parte é mais intenso e as mulheres mais naturais, vive também Luis Descrição, amigo de longa data de Felismino e antítese viva do mesmo, pessoa difícil de conhecer, mas com um coração de oiro.