4 de junho de 2012

Para quê perguntar se não queres saber?


Soluço somente a solidão das conversas de circunstância,
Um acto de erosão, um testemunho de auto comiseração.
Perguntam perguntas cuja resposta carece de substância,
Preocupação plausivelmente pungente e incriminatória,
Pois o acto de perguntar é misericordioso na sua essência
- Acção desculpabilizante e inerentemente auto satisfatória,
A vontade dos interlocutores é nula na sua impaciência,
Que ardas no reino da boa intenção, pois vazia és de razão…
Se, pergunta, existes como demonstração frívola de preocupação
Queda-te isolada no eterno etéreo esotérico da tua ciência
Máscara de desinteresse, nada mais és que desafio e ilusão.

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