3 de outubro de 2011

Verborreia...

Ser o não ser e sei que sei que não sou e o sermos não é mais do que uma ocorrência, que paralela com o que acabou não revela verdade alguma. É, pois críptica a cripta da língua que lambe as feridas que ainda não abri, mas que desejo, e de desejo em ensejo se abrem muitas.
Não entendam isto como queixa, pois queixume só vem de quem não disto gosta, e eu, como se pode provar através da sucessão de eventos anteriores, pareço gostar. 
É, pois, assim  que me encontro, reencontrado no mesmo sítio que pareço nunca ter abandonado.
Abrem-se as cortinas, venha o actor, o guionista e todo o monólogo lambido,  que este pedaço de saliva e de verborreia se alinha para mais um grande espectáculo.
Levanta-se o público, cerram-se as cortinas, o aplauso aplaudido ressoa e é sentido, as gentes gostam e o actor sai em vénias para gáudio geral. Não se viram até então episódios mais áureos em qualquer outro teatro ou agremiação nesta nação.

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