31 de outubro de 2011

I will possess your heart

How I wish you could see the potential
The potential of you and me
It's like a book elegantly bound
But in a language that you can't read just yet

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

There are days when outside your window
I see my reflection as I slowly pass
And I long for this mirrored perspective
When we'll be lovers lovers at last

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

I will possess your heart
I will possess your heart

You reject my advances and desperate pleas
I won't let you let me down so easily
So easily

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

You gotta spend some time love
You gotta spend some time with me
And I know that you'll find love
I will possess your heart

I will possess your heart
I will possess your heart



Death Cab for Cutie - Narrow Stairs - 2008

Compreensão


Falo-te à distância de um oceano, mas não entendes
Falo-te como ao teu lado, mas nunca compreendes
A compreensão é luxo que não te posso dar,
Falo-te, entre nós, não há longe nem perto
Falo-te sempre, sempre de coração aberto
A compreensão é luxo do qual nos tenho de privar
Falo-te na divisão que somos nós
Falo-te na miríade de apatias que há na minha voz
A compreensão é um status quo a congelar
Falo-te no que o mundo não me dá e és tu
Falo-te na surpresa, no afecto, ponho-me a nu
A compreensão é uma de perda que tenho de afastar.
Falo-te à distância de um oceano, mas não entendes
Falo-te como ao teu lado, mas nunca compreendes.

30 de outubro de 2011

Assim como quem não quer...


Vivo coisas novas, mudo de ares, levanto a cabeça
Sinto-me feliz tipo puré instantâneo, só misturar leite
Agracio o calor que o sol me dá antes que a noite arrefeça
Na companhia de meia dúzia de estranhos, que deleite!
Vario o que tenho a variar,
Misturo o que tenho com o que quero avariar,
Sorrio, danço e sou na paisagem deste mundo
Cantarolo o que quero, que profundo!
São fundações de vãs esperanças
Construo castelos no ar e que bonança:
Enfuno as velas do meu ser assim como quem não quer
Por que na realidade... Tento viver como quem não quer

Tento ser, ler, viver, adormecer e não pensar...
Fico assim, apático depois de triste e a arreliar
A sonhar o que era antes e o que serei depois
Nunca o que sou entretanto, ah pois!
Lembro-me! E aí vem num ápice de memória
Não, não me apetece repetir a história...
E a questão que se impõe sempre à revelia:
Enfuno as velas do meu ser assim como quem não quer
Por que na realidade... Tento viver como quem não quer

Vou experimentar coisas novas, ver gente nova
Que um gajo já não vai para novo
Parece que se nasce já com um pé na cova
E o outro pelo caminho que leva... espezinha o povo.
As realidades que cá preparo em banho-maria
Andam mascaradas de epifania,
Distraem-me com sorrisos fáceis e com a pressão
De fazer tudo bem e de nunca dizer que não
A tudo que me impingem porque vai ser bom para mim
Deixem-me ser, deixem-me viver assim!
Não vou para a frente porque atrás não vem gente
Não vou para a frente porque estou por aqui assim:
Enfuno as velas do meu ser assim como quem não quer
Por que na realidade... Tento viver como quem não quer

24 de outubro de 2011

Senna



Directed By
Asif Kapadia

Produced by
Tim Bevan
Eric Fellner
James Gay-Rees

Written by
Manish Pandey

Starring
Ayrton Senna
Alain Prost
Frank Williams
Ron Dennis

Music by
António Pinto
John Powell

Cinematography
Jake Polonsky

Editing by
Chris king
Gregers Sall

Studio
ESPN Films
Midfield Films
Working Title Films

Distributed by
Universal Pictures
Walt Disney Pictures


















23 de outubro de 2011

Régua

Quimboio!

D'ouro


Através de janelas riscadas
A ondulação rasteira dos canaviais
O sol que nos beija a face
Em reflexos, privilegia-nos entre os demais.
Nas tuas colinas íngremes e escarificadas
Os socalcos do tempo acariciam-te os montes
As ruínas no xisto não são mais que fontes...
Na tua terra amarela ainda choram videiras
Multiplicam-se em mosto, parideiras
Santificam o chão das gentes de atrás,
Do que és, foste e serás.

20 de outubro de 2011


Morre amor de sentimento que se tens de morrer
Se tens de morrer para que algo possa sobreviver
E se esse algo sou eu, tens tu de desaparecer.

Se te substituir por ódio ou indiferença
Se para agora existir alguma diferença
É a ausência que me causa a tua presença.

A alienação que me provocas é sempre frustração
E isso é uma constante como a perdição
Que me esmaga em ansiedade e me aperta a mão
Me castra e me rebenta com o coração,
Que explode e me desfigura em desilusão.

Como sempre afogo esperanças em vão
Desejo o que me desejas, mas para ti em solidão
Agora quero que morras, morre perdição.

16 de outubro de 2011

Outono

Outono das folhas que se remexem no chão
Que o vento enxuta e cospe, revira e marca
Das nuvens carregadas, do relâmpago e  trovão
Da chuva que molha, abençoa e me embarca
Do sol que foge por entre farrapos de algodão
Do calor que foge por entre a luz que se aparta
Dos amores que definham no meu coração.

Venha a pedra que sorri morta em luz de vazio
Tão completa no seu vácuo e impune em dor
Isolada e imaculada, tão orgulhosa do seu torpor
Rolada e violada no leito do um qualquer rio,
Preenche-me por favor.

9 de outubro de 2011

Sonho


Escorrem os meus dedos no teu cabelo
Suave, tão suave que me eriça o pelo
A minha mão na tua pele, macia como o ar
Os teus olhos que não evitam o fechar
A tua boca que se solta em descontracção
O teu ofegar que mimetiza respiração.
Entrelaçamo-nos em carícias...

Se a roupa cai no chão com um baque surdo
E as mãos fogem num sussurro mudo
Não pedem desculpas pelo absurdo
Que é a base de sustentação de tudo
Bebo o teu pescoço com vontade
E pressiono os teus lábios com a verdade.
Alimentamo-nos em delícias...

O sofá balouça como as ondas do mar
Soçobra sem no entanto quebrar
A tua boca alimenta-me o vício
És tu, sem sombra ou resquício
Como te desço com a mão, és caminho
Forma ou percurso de carinho.
O teu corpo é  prova de perícia...

Encerras os olhos, e murmuras baixinho
Quero-te amor, quero-te aqui sozinho
E perdemo-nos a tempo de viver
Perdemo-nos no tempo de querer
O desejo que me impulsiona alado
Empurra-me descompassado.
O teu olhar não tem malícia...

E tudo é um sonho para não acordar
Porque não há felicidade sem a imaginar
O despertador toca, a manhã está-se a levantar...
O mundo acorda estremunhado sem querer
A luz do sol faz-me estremecer
Foi tudo um sonho que sonhei sem querer.

Yep I did, and I am...

8 de outubro de 2011

Simples anagrama

Monto uma realidade fugidia que me preocupa
Alteras-me, violentas-me, usas me como okupa
Revolta-me o facto de saber que no fundo
Trucidas-me assim como quem não quer nada
Absolvo-te por não saberes de mim, de ti e do mundo
Matas-me com essa cara despreocupada
Prolífica em algo que me sabe a nada.

6 de outubro de 2011

Gosto de te escrever

Gosto de te escrever, como gostei antes
de escrever outras noutros instantes
Que, na altura, relevantes
Soçobram agora na campa das amantes.
Ser não sei se o saber sei se sou
Se um todo sou ou chegaremos a ser
Porque se para o ser não saberei se acabou
Talvez nunca tenha chegado a começar
É forçosamente críptico este escrever
Tão quanto, na realidade, o é comunicar.
Vivo dentro de mim realidades assim assim
Nos entremeios, interstícios e entretantos
A ninguém diz respeito, diz-me a mim
Soluços de consci~encia, nobres mantos
Mapeamento de rede cerebral, enfim e tal
Sinapses quimicas, se as sinto, sinto-me mal
É curiosa a indefinição da realidade sobrante
Se não sou, és tu, nunca somos um nós
Repentes, momentos clandestinos de rompante
Nunca batucamos a uma só voz
Parafernália musical, descompassada e infernal
Somos sons distintos num compasso orquestral
Haja maestro, haja condutor
Haja vontade para haver um amor
(não há?)

5 de outubro de 2011

Tu

Na insinuação de desvio, a perda de algo essencial
Aquilo que renego, não é para mim especial
E se pareço zangado, é porque não consigo conceber
Primazias sobre ti, que pretendes impor
Quando nada se assemelha, nem impera perder
A amizade que temos para manter.
Mas um algo que se assemelha a amor
Confuso e inapto como todo ao nascer,
E que me punge, carrasco, em culpas extenuantes
Massacra-me sem querer,
Num querer de sabedorias conflituantes.

Poemas da Boca para as Pês

3 de outubro de 2011

Verborreia...

Ser o não ser e sei que sei que não sou e o sermos não é mais do que uma ocorrência, que paralela com o que acabou não revela verdade alguma. É, pois críptica a cripta da língua que lambe as feridas que ainda não abri, mas que desejo, e de desejo em ensejo se abrem muitas.
Não entendam isto como queixa, pois queixume só vem de quem não disto gosta, e eu, como se pode provar através da sucessão de eventos anteriores, pareço gostar. 
É, pois, assim  que me encontro, reencontrado no mesmo sítio que pareço nunca ter abandonado.
Abrem-se as cortinas, venha o actor, o guionista e todo o monólogo lambido,  que este pedaço de saliva e de verborreia se alinha para mais um grande espectáculo.
Levanta-se o público, cerram-se as cortinas, o aplauso aplaudido ressoa e é sentido, as gentes gostam e o actor sai em vénias para gáudio geral. Não se viram até então episódios mais áureos em qualquer outro teatro ou agremiação nesta nação.