16 de outubro de 2011

Outono

Outono das folhas que se remexem no chão
Que o vento enxuta e cospe, revira e marca
Das nuvens carregadas, do relâmpago e  trovão
Da chuva que molha, abençoa e me embarca
Do sol que foge por entre farrapos de algodão
Do calor que foge por entre a luz que se aparta
Dos amores que definham no meu coração.

Venha a pedra que sorri morta em luz de vazio
Tão completa no seu vácuo e impune em dor
Isolada e imaculada, tão orgulhosa do seu torpor
Rolada e violada no leito do um qualquer rio,
Preenche-me por favor.

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